sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nico Lopes e seus 80 anos de história


A primeira Marcha Nico Lopes foi realizada em 1929, por alunos da recém-criada Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV). Nesse período, a Escola contava com apenas 50 alunos e diz a lenda que foi um deles, Antônio Secundino de São José, juntamente com alguns amigos, quem criou a marcha. O nome da manifestação foi escolhido em homenagem a Antônio Lopes Sobrinho, o Nico Lopes, velhinho boêmio e figura folclórica de Viçosa que conquistou a simpatia dos estudantes.

A Marcha era uma verdadeira festa em que os calouros se fantasiavam e saíam às ruas para fazer críticas irreverentes à universidade, à comunidade e à política regional e nacional. Com o fim da Marcha terminava o período de trote e os calouros passavam a ser tratados como veteranos.

Ao longo de 80 anos, a Nico Lopes participou da história de Viçosa, da Universidade – desde os tempos de ESAV ate os dias de Universidade Federal de Viçosa (UFV) – e também, do país. Aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais eram abordados desde o âmbito local, até o nacional.

De seu surgimento aos dias de hoje, a Marcha passou por muitas mudanças. Em 1951 estudantes do sexo feminino começaram a participar da manifestação. Durante os anos de chumbo, a Nico Lopes foi proibida pelo regime militar. Em 1979, estudantes que protestavam contra a posse do presidente João Batista Figueiredo entraram em confronto com um batalhão do exercito. A partir de 1992, a Marcha passou a contar com um trio elétrico, que de 1995 a 1997, foi substituído por atividades artísticas e culturais. Nesse ano, o trio voltou.

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